segunda-feira, 22 de março de 2010

Preencher o vazio existencial



"Felicidade não é ter o que você quer, é querer o que você tem."
(Spencer Johnson)

"A felicidade consiste em estar feliz com que conseguimos e com o que não conseguimos."
(Charles H. Spurgeon)


Tema do dia: Desejo de ter

Ao invés de "querer o que temos", a idéia inconsciente que temos de felicidade, prazer e satisfação é "ter o que queremos"; isto é, "quanto mais melhor". Embora, quanto mais temos, mais queremos. Este é um desejo insaciável, uma vez que ninguém consegue ter tudo (nem com muito dinheiro!), pois aquilo que queremos é o que imaginamos nos fazer feliz, e talvez quando experimentamos o nossos desejos, vemos que na realidade não é como imaginado. Mas é assim que vivemos: sonhando e indo em busca daquilo que nos satisfaz. Não há problema no "desejo de ter algo", no entanto é preciso entender que, aquilo que dar significado a vida, não é o ter algo, mas o desejo de ter algo e ir em busca. O segredo para ter sucesso material é não se concentrar nele, mas criar as condições que nos permitem chegar a tê-las.


"O desejo de ter coisas não tem fim. Quando inflamos esse sentimento não aproveitamos o que já temos e acabamos ficando sem nada. As duas motivações essenciais do ser humano são atender às suas necessidades e satisfazer seus desejos. Elas estão ligadas aos instintos de evitar sofrimento e obter prazer, que em geral estão juntos e por isso podem se confundir.
Por exemplo, buscamos o alimento para saciar nossa fome (evitamos sofrimento), mas também porque ele é saboroso (obtemos prazer). Essa foi uma solução da natureza para garantir nossa sobrevivência e a de nossa espécie."*

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Ensinamento do dia: Uma pesquisa do psicólogo americano Martin Seligman demonstra que a felicidade é o resultado de 3 fatores: o engajamento, o significado e o prazer. *
  • O engajamento representa a capacidade humana de se envolver com algo, como o trabalho, um hobby ou uma causa de qualquer natureza.
  • O significado tem a ver com entender a razão da própria existência, o que com muita freqüência é buscado através das religiões, apesar de haver outros caminhos, como a amizade verdadeira, a família e a ética social.
  • Já o prazer, este tem várias faces, como a apreciação da arte, o humor, o sexo e, claro, o sentimento de possuir e consumir coisas. Dos 3 elementos, o prazer é o único que pode ser comprado. Teoricamente, seria o caminho mais fácil para a felicidade. Entretanto, ele sozinho não se garante, pois depende da interação com os outros dois. A felicidade que deriva apenas do prazer de possuir coisas é efêmera. É aí que se estabelece a confusão. Em vez de complementar o prazer engajando-se em causas e dando significado para a vida, muitas pessoas insistem em procurar a felicidade somente no consumo.

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